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Reefer: muito além de uma tomada

  • Foto do escritor: Alexandre Kunz
    Alexandre Kunz
  • 1 de set.
  • 2 min de leitura

Vista aérea de terminal portuário com navio, gruas, contêineres refrigerados conectados e monitorados
Vista aérea de terminal portuário com navio, gruas, contêineres refrigerados conectados e monitorados

Por Alexandre Kunz, via LinkedIn

Nos bastidores do comércio internacional, a área reefer dos terminais portuários é responsável por manter a integridade de cargas perecíveis que exigem controle rigoroso de temperatura — como alimentos, medicamentos e outros produtos sensíveis.


Mais do que infraestrutura elétrica, trata-se de uma engrenagem crítica da cadeia fria.

Uma falha não representa apenas uma interrupção logística, mas sim perda financeira, risco sanitário e prejuízo reputacional — para todos os envolvidos, inclusive ao nosso país.

O que é a área reefer?

É a zona do terminal projetada para acomodar contêineres refrigerados (reefers), com fornecimento contínuo de energia elétrica e monitoramento de temperatura — seja manual por período, ou automatizado, em tempo real. Essa estrutura garante que a carga permaneça dentro da faixa ideal até o embarque ou retirada no gate.

Como funciona na prática?

A operação reefer se apoia em três pilares essenciais:

  1. Infraestrutura dedicada: Tomadas específicas conectadas à rede elétrica (ou geradores de emergência), com mapeamento, identificação e controle de cada ponto de conexão — garantindo fornecimento ininterrupto de energia.

  2. Monitoramento e controle de temperatura: Sistemas de supervisão (como o ReefWatch) registram e acompanham as temperaturas 24/7. Alarmes são acionados diante de qualquer desvio, permitindo resposta rápida e eficaz.

  3. Suporte técnico especializado: Equipes treinadas realizam a conexão e desconexão dos contêineres dentro do SLA acordado com o armador. Monitoram o funcionamento dos equipamentos e executam manutenções preventivas e corretivas, minimizando riscos.

Por que isso importa?

A área reefer é o elo que assegura a continuidade da cadeia de frio entre origem, trânsito e destino. Se essa cadeia for rompida no pátio do terminal, todo o transporte anterior perde valor. E a responsabilidade recai sobre a operação portuária — cada etapa possui checagens, e há uma transferência formal de responsabilidade para evitar custos com faltas e avarias.

Preservar a temperatura é preservar o produto, o cliente e a reputação do terminal.

Impacto direto no comércio global

Uma área reefer bem estruturada viabiliza o transporte internacional de cargas sensíveis, cumpre exigências sanitárias e regulatórias, reduz perdas e fortalece a confiabilidade logística — impulsionando o comércio exterior.

Atendimento a múltiplos perfis de carga:

  • Congelados (temperaturas negativas)

  • Resfriados (temperaturas positivas controladas)

  • Produtos com faixa térmica estreita (como fármacos)

“Cada tipo exige planejamento de pátio, priorização e agilidade na conexão.”

É um processo que exige padrão, método e resposta rápida. Silenciosa, mas vital — essa engrenagem mantém o mundo abastecido, de supermercados a hospitais.


Considerações finais

A publicação de Alexandre Kunz evidencia o quanto a área reefer vai além da infraestrutura elétrica. Trata-se de um ponto estratégico para manter a cadeia fria íntegra, reduzir riscos e garantir a eficiência logística no comércio global.


Para quem atua em terminais portuários, compreender e valorizar a importância desse processo é essencial para preservar não apenas as cargas, mas também a reputação e a competitividade no mercado internacional.



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